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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Cisne Negro é o melhor do Spirit Awards, o ''Oscar dos independentes''

Cisne Negro, de Daren Aronofsky foi o principal premiado no Spirit Awards, dedicado a produções independentes e entregue na noite de sábado. A cerimônia foi dominada pela gravidíssima Natalie Portman, eleita melhor atriz, além de Aronofsky, melhor diretor, e Matthew Libatique, melhor diretor de fotografia. Cisne Negro foi também o melhor longa do ano passado. O Discurso do Rei ficou com a estatueta de melhor filme estrangeiro.
Natalie e Aronofsky aproveitaram seus discursos para se vingar dos que não acreditavam no filme. "Contatamos alguns produtores que levaram não mais que de 30 segundos para recusar o projeto", disse o diretor. A descrença também quase afastou James Franco de 127 Horas, trabalho que lhe rendeu o Spirit de melhor ator. Ele fazia o curso de cinema na Universidade de Nova York quando acabou cedendo aos apelos de seu agente para aceitar o papel do rapaz que, imprensado por uma rocha no meio do deserto americano, é obrigado a amputar o próprio braço. Nas outras categorias, John Hawkes e Dale Dickey foram eleitos, respectivamente, os melhores ator e atriz coadjuvantes por Inverno da Alma.
Também no sábado aconteceu a tradicional premiação Framboesa de Ouro, dedicada às piores produções do cinema americano do ano passado. O Último Mestre do Ar, de M. Night Shyamalan, foi o grande vencedor (ou perdedor?) ao ganhar pior filme, diretor, roteiro, ator coadjuvante (Jackson Rathbone, também premiado por Eclipse) e pior uso do 3D. Outro que não escapou dos olhos críticos da fundação Golden Raspberry Award, responsável pela temível premiação, foi Sex and the City 2, cujo todo elenco feminino (Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Kristin Davis e Cynthia Nixon) dividiu a estatueta de pior atriz. Ashton Kutcher foi o pior ator do ano e, como trabalha muito, recebeu a honra não por apenas um mas por dois filmes (Par Perfeito e Idas e Vindas do Amor).

'A Garota da Capa Vermelha' chega aos cinemas

Em "A Companhia dos Lobos", Neil Jordan já recontara a história de Chapeuzinho Vermelho pelo ângulo do lobo. Há uma nova Chapeuzinho nas telas e agora o lobo virou lobisomem. Quem assina "A Garota da Capa Vermelha", que chega aos cinemas, é Catherine Hardwicke, que formatou a série "Crepúsculo". Ela é louca por um homem lobo.
Depois que Bruno Bettelheim usou a psicanálise para abrir que os contos de fadas remetem a pulsões secretas do ser humano, o próprio cinema passou a buscar um enfoque mais adulto de temas tradicionais. Isso já ocorria antes, porque a versão de Jean Cocteau para "A Bela e a Fera", nos anos 1940, destinava-se ao público maduro. Desde então, deu a louca na Cinderela, na Gata Borralheira, na Chapeuzinho... Shrek é um caso à parte. É subversivo de forma velada, de olho no público-alvo dos contos, as crianças.
Embora tenha feito apenas o primeiro filme da série "Crepúsculo" - o quarto foi filmado no Brasil -, Catherine Hardwicke foi decisiva na conceituação das adaptações dos livros de Stephenie Meyer. E ela certamente teve um bom olho para escolher o elenco. Sem o romantismo mórbido de Robert Pattinson nem a passividade perversa de Kristin Stewart, "Crepúsculo" dificilmente teria encontrado tanta ressonância junto ao público. Ao se voltar para Chapeuzinho, ela superpõe à fábula, propriamente dita, um elemento de suspense. A identidade do lobisomem gera uma caçada que só é desvendada no desfecho.
A garota da capa vermelha vive numa cidadezinha assolada pela maldição do lobisomem. A entrada em cena de um representante da Igreja, voltado aos exorcismos, expõe os conflitos sob a aparência de tranquilidade. Paganismo, traições, desejos reprimidos. O lobisomem revela-se. Como em "Crepúsculo", Catherine Hardwicke, que é inteligente, pensa melhor do que filma. Mas a nova roupagem para a velha história é interessante. E Julie Christie, como avó, é muito boa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Robert Pattinson é a estrela de 'Água para Elefantes'

Pattinson, Reese Witherspoon e Tai, o elefante
Pattinson é Jacob Jankowski, um estudante de veterinária que é obrigado a se sustentar quando os pais morrem em um acidente de carro. Ele toma um trem e começa uma vida de viagens com o circo. Rapidamente ele se sente atraído pela estrela do Benzini Bros. Show, interpretada por Reese Witherspoon, que vive vigiada pelo marido, o ambicioso e cruel dono do circo vivido por Christoph Waltz.

O ator Robert Pattinson não estava preocupado com a sua atuação enquanto filmava Água para Elefantes, mas agora sim. O astro da série Crepúsculo de 24 anos trocou a palidez dos vampiros por um papel de veterinário nos anos 30, no filme baseado no best-seller de 2006, que estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos.
"Tem pelo menos 15 vencedores de Oscar em cada etapa da produção", afirma Pattinson. "Tive um ótimo momento fazendo o filme. Eu adoraria poder fazer filmes sem que eles fossem lançados depois. Seria muito legal, seria o melhor trabalho do mundo. Agora, só estou nervoso". O astro britânico se transformou em uma estrela quando foi escalado para o papel de Edward Cullen em Crepúsculo. Já foi considerado pela revista People como o homem mais sexy vivo e uma das 100 pessoas mais influentes pela revista Time. Água para Elefantes é a maior produção em que Pattinson atuou depois de Crepúsculo.
"A única coisa que você pode fazer é tentar trabalhar com as melhores pessoas", ele diz. Os dois ganhadores de Oscar e colegas de elenco já aprovaram a performance do jovem ator. Reese Witherspoon o chamou de "o coração do filme". "Acho que as pessoas estarão empolgadas para vê-lo em um papel diferente de Crepúsculo". "É uma experiência muito bonita vê-lo começar como um ingênuo se transformar em um homem durante o filme", completa.
Waltz, que ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante no ano passado por seu papel em Bastardos Inglórios afirma que o trabalho de Pattinson em Água para Elefantes é extraordinário. "Ele está fazendo um esforço para sair dessa imagem pela qual ficou conhecido", afirma o ator. "Ele é esperto e tem dado passos preliminares para o que ainda vai acontecer. E este é um ótimo próximo passo. Não é o primeiro, mas o próximo que o fará se estabelecer como um ator sério", finalizou.
Pattinson afirma que os seus colegas de trabalho o ajudaram a se manter no papel. Mas que não foram Waltz ou Reese Witherspoon, e sim Tai, o elefante. O diretor Francis Lawrence levou Pattinson para conhecer o seu colega de elenco gigante antes mesmo de ler o roteiro.
"Nós fomos conhecer Tai e eu tenho essa coisa com os animais", afirma Pattinson. "Acho que Francis meio que já tinha a ideia na cabeça".
O ator não se importaria de trabalhar com animais no futuro, mas deve tentar papeis com mais ação. "Gosto da ideia de trabalhar com crianças e animais porque é sempre imprevisível e vigoroso", disse. "Mas eu também quero fazer um filme em que posso atirar em um monte de gente, só porque é divertido", finalizou.
Água para Elefantes ainda não tem data para estrear no Brasil.